Incapacitado

Sou incapaz de te esquecer, penso em ti até adormecer mas isso não pode mais acontecer.

Ontem decidi acabar com esta ilusão, faz hoje 1 ano e 15 dias desde que me cativaste, são 380 dias a correr atrás de ti e a suportar as tuas inseguranças, são 9.120 horas que podíamos ter estado lado a lado, são 547.200 minutos que me fazias mudar de ideias constantemente porque davas a entender que estavas interessado, como a seguir sou um quidam pra ti, são 32.832.000 segundos que desperdicei pensando em ti...

Dizes-me que tens saudades minhas, telefonas-me a meio da noite e dizes que queres estar comigo, arrependes-te de não ter passado tanto tempo comigo e que querias a minha presença o quanto mais possível, dizes que sou giro, dizes que sou inteligente, dizes que sou especial, dizes que sou diferente dos outros, dizes que tenho tudo o que procuras mas no final és tu que não avanças, és tu que não admites o que sentes, ou que ainda não te decidiste. No final, és tu que me abandonas e no final sou eu que fico despedaçado, como sempre...

Chega, fazes-me tão bem e tão mal, não sei como isto é possível... Ontem decidi acabar com esta ilusão, mas foste o meu primeiro pensamento hoje quando acordei, corri para o telemóvel para ver se me tinhas enviado alguma mensagem escrita ou se me tinhas telefonado, deixei o telemóvel com som durante a noite para o caso de me tentares ligar, eu acordar e atender porque estou esfaimado por ouvir a tua voz.

Odeio-te por me fazeres sentir assim. Quando dizes que não vês a hora de te ires embora, dá-me um aperto no coração porque não quero que tu vás e que fiques aqui comigo, porque preciso de ti. Já tens tudo organizado, não podes voltar atrás, por isso vou ficar calado, como estive até agora, apesar de já ter dado a entender... 

Não sei mesmo o que fazer, parte de mim não quer que tu vás, mas estou desejoso por ires embora porque acredito que nessa altura irei mentalizar-me que não posso ter nada contigo. Estou confuso.

Odeio-te por me fazeres sentir assim... incapacitado.